Sunday, November 13, 2011

Coincidências

O fato é que o mundo está cheio de pessoas. Mesmo. E por mais que isso seja óbvio ao ponto de me fazer parecer alguém com retardo mental, não é sempre que lembramos disso. Eu pelo menos esqueço durante momentos vários momentos.

Mas enfim. O mundo está cheio de pessoas de todos os tipos, de todas as cores, crenças, idades e ideologias. O que faz aquele pequeno sentimento que não conseguiu escapar da caixa de pandora - mais popularmente conhecido como esperança - crescer dentro de mim, e por alguns segundos me permito pensar que no meio desse mar de gente é meio improvável que não tenha ninguém igual a mim. Improvável que não tenha ninguém que se encaixaria comigo. E não estou falando só no lado romântico da coisa, mas em todos os sentidos. Alguém que me entendesse, falando de maneira bem resumida. Porque uma das únicas coisas sobre a vida que eu realmente sei é que todos nós estamos procurando puramente por alguém que possa dizer "eu te entendo" e que realmente entenda (e você sabe que quando digo "todos nós" quero me referir a mim, não sabe? porque pra ser sincera não posso falar pelos outros e nem quero, pois tudo isso é só sobre mim e sempre vai ser sobre mim). E não vou falar de estatísticas porque nunca aprendi matemática e não faço a mínima ideia de que cálculos ou formulas usar. Mas nem precisa.

De toda maneira, esse é o lado otimista do pensamento. Imaginar que em um mundo tão grande deve existir alguém que seria o que eles chamam de cara metade (e eu tenho vontade de rir toda vez que leio, escuto ou escrevo essa palavra).

O lado não tão otimista assim (e isso é o que chamamos de eufemismo) é que essa tal cara metade provavelmente mora do outro lado do mundo e fala algum idioma que você provavelmente nunca vai aprender e que pode muito bem estar com outra pessoa.

Ou já ter morrido. Quem sabe, né. Vai que a sua cara metade era o Alexandre III. Ou o Shakespeare. Ou o Henrique VIII (e no caso dele, você seria chifruda antes mesmo de nascer, o que deve ser algum tipo de recorde. Não que ele tenha sido o único rei a ter amaentes, mas é um dos mais famosos)

Não que eu acredite realmente que só exista uma pessoa que combine com você no mundo. E não que eu acredite que você só se daria bem com uma pessoa que fosse exatamente igual a você. Ou que pensasse como você. Ou que gostasse da mesma comida que você.

Mas o que define que alguém vai se dar bem com você? Nada. Ou até mesmo que você vai se apaixonar por alguém? Nada. E ainda existem milhões de possibilidades que podem dar errado ou não. E além do mais nunca é certo de que qualquer sentimento que você venha a sentir por alguém vá ser recíproco.

E mesmo se for recíproco, tem bilhões de maneiras de dar errado do mesmo jeito.


O que me leva a minha conclusão: No final nós nunca vamos ter certeza de absolutamente nada (o que é um fato que me incomoda mais que tudo, já que sou do tipo de pessoa que sempre precisa ter certeza, ou ao menos uma ilusão de certeza) sobre sentimentos, a vida, o universo e tudo mais. E que vida nada mais é que um conjunto de ações e reações aleatórias e simples coincidências que às vezes podem parecer algo maior, mas que não são.

Talvez seja exatamente por isso que romances fazem tanto sucesso, porque eles sempre passam aquela idéia de que existe algo maior, como se o mocinho e a mocinha tivessem nascido pra ficar juntos e que amor, apenas amor, é o bastante para ligar duas pessoas e que nenhuma das infinitas possibilidades de dar errado pode vencer isso. Porque talvez, a certeza seja tão necessária nisso tudo que nós simplesmente inventamos teorias pra usar ela como resposta. Pra fazer todo o caos ter sentido.

Sunday, November 6, 2011

You make me wanna die


Aquele momento que você sente inveja de qualquer ser vivo que parece ser mais feliz que você e sente raiva e fica deprimida e deseja a morte do maldito filho da puta e a sua auto-estima vai parar no inferno de tão baixa e você fica sem paciência porque de repente todo mundo parece mais feliz que você e a única coisa que você consegue pensar é no quanto quer dormir por um mês inteiro e já acordar de férias.

Pois é. Essa sou eu hoje.

Monday, October 31, 2011

a vida nunca foi um sonho, querida
por isso as pessoas preferem dormir

Wednesday, October 26, 2011

I'll tear me open, make you gone

Já tentei inúmeras vezes fazer um post falando sobre o meu bloqueio emocional e coisas relacionadas à ele e nunca consegui. Mas esses dias me fizeram uma pergunta no formspring e acabei conseguindo falar mais ou menos o que queria ter falado aqui há tempos.

Então vou só copiar e colar mesmo. E é isso ai.



Você arrepende de não ter se declarado antes?

Não sei, porque pra falar a verdade meio que corro de relacionamentos desde que me conheço por gente. Se eu tivesse me declarado antes seria algo meio: eu ia dizer que gostava dele, ele ia dizer que gostava de mim, eu não iria saber como agir depois e uns dias depois do ocorrido ia virar com uma cara de "eu tava brincando" ou "esquece aquilo que falei" ou "acho que não era isso" simplesmente porque ia entrar em pânico.

E isso já aconteceu. Mas no caso foi o garoto que se declarou pra mim. E até achava ele legal e tudo mas a única coisa que eu disse foi "não"


Sim, isso é completamente idiota. Mas não consigo controlar. Toda vez que sinto que alguém vai ultrapassar determinada barreira que elas NÃO PODEM de jeito nenhum ultrapassar eu entro em desespero. Isso de ficar ~intimo~ não dá certo comigo. Sinto como se as pessoas tivessem entrando no meu espaço pessoal quando por mais que eu ache que queira, na verdade, não quero elas lá. Não importa quem seja.

E acho que relacionamentos amorosos seriam isso né? Você ficar intimo de alguém. E puta que pariu, acho que infartava antes de conseguir me abrir desse jeito pra outra pessoa. E já que eu nunca conseguiria entrar de cabeça em algo assim (ou pelo menos ainda não conheci alguém que realmente me fizesse pensar de outro jeito), qual o sentido de ter um? Só pra dizer que eu tenho um namorado/namorada?

O que meio que explica porque só tive ficantes (acho essa expressão incrivelmente tensa, mas não sei qual outra usar) e nunca namorados.

E isso se aplica com os amigos também. Até os amigos que eu mais considero só ficam sabendo do que acho seguro dizer. Normalmente eu sei MUITO mais deles do que eles sabem de mim (e olha que eu faço um esforço SOBRE HUMANO pra falar as coisas pra eles). E quando falo algo mais pessoal pra eles sempre acabo me arrependendo depois, isso também é algo que eu não consigo controlar.

Wednesday, October 19, 2011

Cubos de açúcar

“É como se eu fosse Finnick, assistindo as imagens da minha vida passando em minha mente. O mastro de um barco, um paraquedas prateado, Mags rindo, um céu cor-de-rosa, o tridente de Beetee, Annie em seu vestido de casamento, ondas batendo nas rochas. Em seguida, tudo se acaba” Mockingjay, página 336.

Tuesday, October 18, 2011


Monday, October 17, 2011

butterfly soars

Butterfly flies
she soars across the sky
she carries all our dreams
but the world has turned away

Butterfly's high
high up in the sky
out of reach and sight
where no one's ever tried

Butterfly falls
she doesn't have her wings
she believes she still can fly
still no one looks her way

Butterfly's alone
nobody understands
why she wants to try and fly

Wednesday, October 5, 2011

“Odeio quem consegue tudo o que quer simplesmente por ser o que é. Eu perco tudo – ou nem sequer chego a ganhar – por ser o que sou. Acho que posso dizer que invejo todos aqueles que não são Lyle Thompson, pois já cansei dessa imagem refletida ao espelho”

Wednesday, September 28, 2011

23:38

Eu tenho que dormir, mas estou sinceramente sem sono. E eu nem quero faltar aula amanhã porque tem dois horários de literatura e dois horários de física. Que são as minhas matérias preferidas, só a nível de informação. Além do simulado à tarde (nele eu nem fazia questão de ir, mas tem toda aquela coisa de ser obrigatório e panz).


Sabe o que é estranho? É que eu não vou com a cara de mais de noventa por cento da minha sala e eles me deixam muito puta de várias formas. Mas estou gostando mais dessa escola do que da outra. Claro que posso culpar os professores por isso. Tenho professores super dignos e tudo.

Mas ainda assim é estranho. Até porque a cada dia que passa eu perco mais um pouco da minha habilidade de me socializar com as pessoas e nem sabia que tinha essa habilidade até começar a perder. Mas é que tudo isso me dá uma preguiça tão grande, tão tão tão grande. E isso me leva a conclusão de que eu acabo preferindo observar do participar. O que é meio contraditório (tudo comigo sempre é contraditório mesmo) porque eu vivo reclamando justamente sobre ser a outsider de tudo.

Mas participar dá tanto trabalho. Relacionamentos dão tanto trabalho.
E sinceramente, eu estou aqui. Eu sempre estive aqui. Se alguém realmente quisesse me achar, bastava chegar perto. Mas ninguém nunca chegou.

Eu não sou fechada. De verdade.

Talvez eu só não saiba dar o primeiro passo.
Talvez eu seja uma parente próxima do bicho preguiça ou coisa assim.



Eu sempre vou estar aqui. Mas e eles?

(E percebam que eu começo falando de uma coisa e termino falando de outra que não tem absolutamente nada a ver com a primeira. É, eu tenho que parar de pensar em muitas coisas ao mesmo tempo e tentar passar todas essas coisas pro papel... ou pro word, tanto faz)

But it's grown inside your wounded soul

Sentia como se já o amasse mesmo na primeira vez em que coloquei os olhos nele.

Amava-o pelo brilho que emanava dele, pela sua beleza, sua impetuosidade, coragem, pelos límpidos olhos azuis que sorriam tanto quanto seus lábios. Amava-o por seus sorrisos brancos e pelas gargalhadas divertidas que aqueciam todos ao redor, por sua maneira simples e bela de olhar o mundo. Tão único. Amei por ele ser meu oposto. Aquilo que eu nunca conseguiria ser, mas pelo que ansiava desesperadamente.

E odiava-o. Odiava tanto que chegava a doer. E quando ele olhava para mim, eu sentia vontade de sufocá-lo com meus dedos, de cortar sua garganta e assisti-lo se afogar no próprio sangue, de beijá-lo e de me jogar em seus braços e sentir sua luz trazendo o calor para o meu corpo sempre frio e escuro.

Sim, pois eu era a escuridão, a solidão e o desespero. E tinha plena consciência de que mesmo se me agarrasse à ele e não mais o soltasse, ainda assim, sua luz jamais seria minha. O odiei ainda mais.

Embora nunca parecesse ser o suficiente para matar o amor.

Odiava-o por ser quem era e por ser ele completamente alheio a própria perfeição, pela inveja que me consumia cada vez mais e pelo amor que ele nutria por mim.

Por mim! Aquela coisa pútrida, sombria, infeliz e auto-destrutiva, que precisava tanto de salvação mas não conseguia pegá-la nem quando ela o abraçava e lhe implorava para que a amasse.

E nada do que eu dizia parecia capaz de afastá-lo, mesmo quando eu tolamente achava que poderia destruí-lo. Minhas palavras mais rudes soavam doce em seus ouvidos e todo o meu amor, ódio, necessidade e desespero só pareciam excitá-lo ainda mais.

Então percebi que nunca me livraria dele realmente. Nunca conseguiria apagar a luz em seus olhos, em sua alma.

E eu estava lentamente sendo queimado por ela.

Saturday, September 17, 2011

Day 23 — The last person you kissed

Você me perguntou (mandou me perguntarem, na verdade) se eu queria ficar com você e eu respondi que você devia perguntar de novo depois que a gente já tivesse virado pelo menos metade daquela garrafa de coca-cola misturada com vodca barata.

Pensando melhor agora, foi exatamente por causa disso que eu acabei ficando com você, já que a bebida faz com que o meu excesso de tímidez vá embora. Ou talvez não.

Vai saber. Sempre te achei bonito mesmo.

E você ia se mudar no dia seguinte então eu não teria como me preocupar em como agir depois. E pensando melhor agora, foi realmente uma pena você ter se mudado no final das contas, porque aquele dia foi realmente legal.

Você era legal. E bonito.

É.

Thursday, September 15, 2011

Gaspard Ulliel


ME COME.

Silence

Meio que parte do motivo do meu ultimo post foi porque recebi a noticia de que a Siih vai fechar o Unsaid Things. Isso me fez pensar no tanto de tempo que já passou desde que conheci ela. E todas essas coisas extremamente nostálgicas.

Sete de novembro de dois mil e sete. Eu tinha doze anos. Doze fucking anos, cara. Nem mesmo consigo lembrar de como eu era nessa época. Mas devia ser bem tensa.

E nem era meu primeiro blog. Embora eu realmente não consiga lembrar de quantos anos tinha quando fiz meu primeiro blog, estou chutando uns dez ou menos. E ainda estamos aqui. Com quase dezessete.


Porra.


QUASE dezessete.


Só mais um ano de ensino médio, só mais um ano pro vestibular, só mais um ano até ser obrigada a crescer e pensar no futuro. Quando penso muito nisso entro em um estado de quase pânico (e sempre estou pensando nisso, mesmo tentando não pensar).



Não sei lidar. Definitivamente não sei lidar.

Tuesday, September 13, 2011

Day 15 — The person you miss the most

Pra falar a verdade não sei bem o que falar, só queria falar de você.

Você foi umas das pessoas mais importantes da minha vida, cara. Aguentou todos os meus dramas de pré-adolescente em crise e sempre me deu bons conselhos e... Você é tão legal e meiga e gentil. Minha outra mãe, né? Uma pessoa maravilhosa em todos os sentidos.

Mesmo que você não esteja na minha cabeça o tempo todo (mas ninguém está na minha cabeça o tempo todo, nem mesmo eu), a verdade é que só penso você em momentos específicos, mas toda vez que penso sinto uma falta tão grande! De conversar com você, de saber da sua vida ou só de jogar conversa fora, não importa.

E sei que não foi sua culpa ter sumido assim. Teve a faculdade e o estágio e você acabou ficando sem tempo e etc. Entendo isso, de verdade. Mas morro de medo que a gente acabe perdendo contato de vez, sabe. Você é uma daquelas pessoas que a gente tem vontade de levar junto pelo resto da vida. Porque você é uma linda. Linda mesmo, sabe. E sempre foi tão bom falar com você.

Sei lá, só sinto a sua falta. (Queria ter te conhecido pessoalmente também, pra poder te dar um abraço de urso super apertado e cheio de carinho e até tirar uma foto)

Espero que você esteja bem e feliz. E desejo que tudo dê certo pra você.


Se cuida.


 Com amor, 
Miih.

Friday, September 9, 2011

Definições

Quando você tinha quinze anos se sentia culpado por nunca ter se apaixonado. Nessa idade, parecia que todos eram obrigados a gostar de alguém, a encontrar um objeto de desejo por quem soltariam suspiros apaixonados pelos cantos. Mesmo que eles não durassem por muito tempo.

E quando você dizia que não tinha alguém por quem suspirar eles sempre tentavam te jogar para cima da primeira pessoa que aparecia. Você apenas ria e achava graça. E deixava pra lá.

Tinha certeza de que nunca havia sentido aquilo que seus amigos chamavam de paixão. Você nunca sentiu suas mãos suarem frio, nem borboletas no seu estômago e muito menos suas pernas bambas por estar ao lado de alguém.

Embora às vezes você sentisse algo que não conseguia definir. Vontade de abraçar alguém que passava na rua. Ou sorrir para alguém no metrô. Até de beijar alguém bonito. Mas essas sensações sempre passavam tão rápido quanto vinham. E eram por pessoas aleatórias.

Você sentia seu coração quebrado também. Mas nunca ninguém chegou perto o suficiente para ter a oportunidade de quebrá-lo. Era como se ele sempre tivesse sido assim. Às vezes ele doía. Doía tanto que a única coisa que você podia fazer era abraçar a dor. Segurar até que ela dormisse.

Às vezes você se perguntava se tudo isso era amor. Mas não era possível, não é? Se fosse amor você saberia.



Bem. Talvez fosse.

Talvez fosse amor quando você chorava assistindo Romeu e Julieta ou qualquer outro romance trágico. Talvez fosse amor quando você acabava de ver alguma comédia romântica com um sorriso no rosto. Quando no final de cada filme sentia como se tivesse sido você a passar por tudo aquilo.

Quando se afogava em historias que nunca viveria, em sentimentos que não eram seus - mas que você conseguia sentir tão intensamente - ou se apaixonava por personagens que só viveriam por algumas horas.

Se apaixonava? Sim. Por eles. Pelos sentimentos que eles mostravam. Pelo amor.

Sempre pelo amor.


A verdade era que esse amor sempre estava presente na sua vida. E você se sentia tão cheio dele que na falta de alguém com quem compartilhar ele só conseguia sair através das lágrimas.

Não que você já não tivesse procurado por um lugar onde depositá-lo. Mas é que você sentia como se mesmo que uma fração mínima dele fosse demais para qualquer outro suportar.

E você precisava dele também. Já não conseguia simplesmente ignorar. Procurava por ele em todos os lugares, todos os dias.


Até se sentir transbordar. Até quebrar o seu coração, de novo.

E de novo. E de novo.

Friday, September 2, 2011


Now the pain is my pleasure cause nothing could measure

I don't have to leave anymore
‘Cause what I have is right here


- Está doendo? – O mais alto perguntou de maneira falsamente doce, deslizando a faca pelo tórax desnudo do moreno, fazendo linhas rubras surgirem na pele branca. O garoto em baixo de si estremeceu, mas continuou em silêncio, o olhar fixo no teto. Ele mordia levemente o lábio inferior como se quisesse se impedir de falar algo. O outro continuou maculando seu corpo com cortes, mas dessa vez mais profundos. – Vamos, responda!


Hiroki encontrava-se numa posição desconfortável, todo o peso de Yuuji estava sobre seus quadris e ele já não sentia mais a perna esquerda. Duas de suas costelas estavam quebradas e provavelmente sua perna estava na mesma situação. Marcas roxas estavam espalhadas por todo o seu corpo, o lábio inferior e bochecha direita estavam sangrando e um corte pequeno um pouco abaixo da sobrancelha – que já não sangrava mais – não o permitia ver direito. Pelo menos, isso era tudo que ainda conseguia sentir.


Incrivelmente ele não conseguia ter medo. Mesmo com as condições deploráveis em que seu corpo se encontrava, ele nem ao menos achava a dor ruim. Não completamente. Mordeu o lábio inferior com mais força, para reprimir os gemidos, quando sentiu a pressão da lamina contra sua pele aumentar. “Não...” foi tudo que ele conseguiu murmurar.

A mão de Yuu foi de encontro ao seu rosto. Uma, duas, três... Cinco vezes.


- Mentiroso. – Disse o moreno, abaixando o rosto o suficiente para lamber os cortes que ele mesmo fizera. Os olhos brilhando com algum tipo de prazer sádico. Era sempre assim, quando estava perto de Hiroki sentia-se estranho. O menor fazia seu lado mais sádico e cruel despertar com uma facilidade incrível. Tinha sido assim desde o primeiro momento em que Yuasa Yuuji vira Nakamura Hiroki. Não era algo que ele conseguia controlar. Era culpa de toda a delicadeza e fragilidade que emanava de Hiro, era tudo tão... Irritante. Definitivamente odiava pessoas assim. No final das contas, o menor era como uma linda boneca. Pronta para ser quebrada em vários pedaços.


Sentiu Hiro ofegar quando sua língua tocou a pele exposta e suas bochechas ficaram vermelhas. Então aquele puto estava sentindo prazer? Sorriu malicioso.


- Acho que tenho que me esforçar mais pra te fazer sofrer, tenshi. – Sussurrou, a boca perto do ouvido do moreno, suas mãos apertando o pescoço delicado com mais força do que era aconselhável. Continuou apertando, cada vez mais forte.

Até o mundo de Hiroki escurecer completamente.






(Escrito em 03/09/10)

Day 1 — Your Best Friend

Não sei determinar quando a pessoa merece o título de melhor amiga, nem quando ela passa a deixar de merecer. Acho até que já dei esse título pra muitas pessoas e algumas nem faziam questão dele, dai decidi que era melhor deixar ele de lado porque no fundo ninguém se encaixaria perfeitamente. Mas você foi a primeira pessoa que pensei quando parei pra escrever isso.

Já tinha escrito sobre você, na verdade. E até cheguei a te mostrar o post em questão, mas ele se perdeu pelos blogs antigos. Saiba que tudo o que eu disse lá continua aqui.


Você é a pessoa em que mais posso confiar. E sempre me surpreende com o quanto a gente se dá bem. Não existe nada em você que eu não goste ou que me irrite e isso até me assusta um pouco, sabe. Porque eu costumo procurar defeitos tudo. Não é que você não tenha defeitos, porque todo mundo tem, mas eu simplesmente não consigo ver eles como algo relevante. E nem me importo.

Você é apenas... Especial. Mesmo que a gente não tenha assunto sempre, mesmo que a gente goste de coisas diferentes, mesmo que você não goste de filmes de super-heróis, é pra você que sinto vontade de contar as coisas. É por você que eu colocaria a mão no fogo.

Claro que se você fizesse eu me queimar eu ia te espancar até a morte, mas ok.

E eu me preocupo mesmo com você, o que não acontece com todo mundo já que normalmente me preocupo com as pessoas porque me sinto na obrigação de me preocupar e com você minha preocupação é natural. Quando você tá mal dá vontade de bater na pessoa que fez você se sentir assim até que ela vire patê. Porque você é daqueles tipos de pessoa que merecem o mundo.

Quero dizer, só as coisas boas dele.


Você é uma pessoa maravilhosa, de verdade, e você deveria se lembrar disso com mais frequência. Alguém que só inspira coisas boas. E nem é tão fria quanto diz ser, você é doce e gentil e dá vontade de apertar - mesmo que você fosse me bater se eu te apertasse, afinal a uke sou eu né - e quando a gente te conhece melhor, por trás da fachada, fica impossível não gostar. E você pode até não acreditar ou achar que to exagerando. Mas é tudo verdade.


E eu realmente quero que você continue sendo minha amiga pro resto da vida. E prometo que no depender de mim a gente nunca vai perder contato, tá? Mesmo que a gente mude ou mesmo que, sei lá, meu computador exploda ou que caia um raio na minha casa ou que eu seja abduzida por aliens. E prometo fazer sempre uniformes de Super Poney bonitinhos pra você. E prometo que um dia vou ai te visitar, mesmo que não seja amanhã ou semana que vem, um dia vou. E dai vou te arrastar pro cinema e fazer você assistir filmes de super-hérois comigo, enquanto a gente come pipoca e coca - coca, não pepsi ok - e balas de gelatina.


E eu queria te falar mais um monte de coisas bonitinhas ou engraçadas, mas simplesmente não sei como encaixar tudo aqui sem que pareça sem sentido. Quero dizer que eu acho super legal a relação das nossas bandas preferidas, quero dizer que você é realmente ninja por me aguentar por tanto tempo assim, por aguentar meus surtos e por ser minha amiga. E que eu não sei escrever coisas não bichas e não cheias de açúcar (justo eu que vivo dizendo que não gosto de coisas cheia de açúcar) e que eu sempre me sinto super bicha escrevendo posts assim. (mas sou uma bicha uke mesmo né, não tem pra onde correr) e que você pode me bater depois se quiser.



Com amor,
Miih

Thursday, September 1, 2011

O que acho do amor:

“A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não”

Monday, August 29, 2011

Uma pequena observação

Não sei fazer nada por mim mesma. Minha motivação não vem de dentro. Ela é sempre criada e estimulada por fatores externos (não necessariamente alguém). Mas nunca vem de mim. Nunca.

E essa motivação externa é tão inconstante quanto o resto. Ela acaba instantaneamente quando o objeto motivador some. Às vezes nem é preciso chegar a tanto, simplesmente vou perdendo o interesse no objeto.


Parece que estou sempre procurando por coisas e pessoas que me façam querer viver. E quando acho, nunca é o suficiente pra manter a estabilidade. Porque achar algo que me motive é fácil, consigo ser motivada até pelas coisas mais simples e comuns, mas nunca sei quando vai deixar de importar. E quando acontece me vejo procurando desesperadamente por algo, de novo.

Um ciclo vicioso.

Sunday, August 28, 2011

As pessoas são cheias de contradições.

Elas são solitárias
e então, não são.


Elas fazem falta,
e então... não fazem.

Returns

É. Perdi a conta de quantas pessoas já vi partir. Algumas delas foram embora rápido demais para fazer alguma diferença. Outras não. E de certa forma, isso é o pior, não é? Porque são as que permanecem por um pouco mais de tempo que deixam os maiores estragos. Porque todos eles acabam se cansando e indo embora em algum momento.


Menos ela. Ela sempre volta. Não importa quantas vezes parta ou por quanto tempo dure.



Por isso ela é tão especial, por isso ela sempre vai merecer um pouco mais de consideração. Mesmo que falem da sua personalidade – quase – ruim, das futilidades, da competitividade ou do egoísmo. Foi ela que sempre acabou voltando. E os motivos pra isso pouco me importam, as brigas ou os dias em silêncio também.


Talvez seja por isso que a gente tenha durado tanto tempo


Começo até a achar que essas partidas são necessárias.
E isso passa a não me incomodar tanto.




(Escrito em 29/05/10)

Friday, July 22, 2011

Day 17 — Someone from your childhood

Eu te acho meio fútil, sabe. Essa é uma das coisas sobre você que só fui perceber atualmente. Aliás, eu te acho um monte de coisas, a maioria delas não deve ser muito agradável de ouvir. Você é uma daquelas pessoas que marcam mais pelos defeitos. Mas algumas características ruins não te fazem uma pessoa ruim. Nem chegam perto.


Outra coisa que eu percebi atualmente - só que dessa vez sobre mim - é que sempre tentei não te dar muita importância. Não por achar que você não era importante, porque disso eu nunca tive dúvida, mas para evitar decepções desnecessárias. Acho que aquela primeira vez foi o suficiente pra saber mais ou menos o que esperar de você. Você é desapegada e inconstante demais. É o tipo de pessoa que pode estar aqui hoje e ir embora amanhã.

Mesmo que você sempre ache um jeito de voltar. E sabe, isso foi a primeira coisa que realmente me cativou e me fez procurar te conhecer melhor. Em como você nunca conseguia se soltar realmente das pessoas, mesmo sendo tão desapegada. Quando você sentia falta, você simplesmente voltava e ficava tudo bem.

Você também tinha uma facilidade incrível pra transformar meus dias em momentos agradáveis. Sempre foi fácil conversar com você, mesmo hoje ainda é fácil conversar com você. E mesmo que eu tenha começado falando sobre os seus defeitos, quero deixar claro que tem milhares de coisas que eu gosto em você.

Confesso que o meu lado egoísta era o que mais gostava de você. Gostava quando conseguia te influenciar, gostava porque você constantemente fazia as minhas vontades, deixava eu fazer as coisas do meu jeito. Gostava porque era você quem pedia desculpas sempre que a gente brigava, mesmo quando era eu quem estava errada. E que as nossas brigas nunca duravam mais de um dia. Gostava porque você nunca me fazia falar de coisas que eu não queria falar e porque nós raramente falávamos sobre assuntos sérios.

Gostava porque era fácil. Era simples.


Mas nós crescemos, mudamos. E mesmo que você sempre vá ser a minha amiga-de-infância-que-mora-do-outro-lado-do-país já não sei se o eu de agora conseguiria voltar a ter uma amizade assim com o você de agora (nem sei se ainda te conheço bem). Hoje, todas as características ruins das quais eu falei lá em cima iriam muito provavelmente me incomodar.

Talvez seja por isso que eu não tentei uma reaproximação com você. E até me sinto culpada por isso. Como se tivesse deixando algo importante ir embora sem fazer nada pra impedir. Mas, sei lá, cada vez que penso em como a gente era antes tenho certeza de que não poderíamos voltar a ser daquele jeito de novo. Que o tempo passou. Acho que isso acontece com todos os amigos de infância né? Eles crescem e mudam e tomam rumos diferentes, mesmo que mantenham contato e se vejam ocasionalmente por ai.


(E sabe, realmente não sei se quero que você leia isso aqui algum dia. Acho que não.)

Friday, May 20, 2011

Mas sabe, sempre procurei por garotos como você. Os que me fariam levantar e cantar em um karaokê em um bar lotado, porque eu nunca teria coragem de fazer sozinha (Emily - Pretty Little Liars)

Thursday, May 5, 2011

Transformação

A primeira vez que Remus acordou no dia seguinte à uma transformação, ele não entendeu porque suas roupas estavam rasgadas e cobertas de sangue ou porque seu corpo doía como se todos os seus ossos tivessem sido quebrados. Nessa época, ele não fazia idéia de que estava condenado pelo resto de sua vida, nem do quão horrível era sua maldição, mas, assim que os braços quentes de sua mãe lhe envolveram, enquanto ela chorava e lhe prometia que tudo ficaria bem, soube que poderia agüentar.

New Perspective

Não sei o que eu deveria falar aqui. Nunca sei o que falar em primeiros posts, por mais que eu já tenha feito milhões deles. Não sou boa com apresentações. É sempre estranho. Sei lá.

Talvez eu acabe abandonando isso aqui.
Talvez eu não consiga fazer posts coerentes.
Talvez eu surte e apague todas as postagens, de novo.


Eu sou a menina dos "talvez", prazer.