Sunday, November 13, 2011

Coincidências

O fato é que o mundo está cheio de pessoas. Mesmo. E por mais que isso seja óbvio ao ponto de me fazer parecer alguém com retardo mental, não é sempre que lembramos disso. Eu pelo menos esqueço durante momentos vários momentos.

Mas enfim. O mundo está cheio de pessoas de todos os tipos, de todas as cores, crenças, idades e ideologias. O que faz aquele pequeno sentimento que não conseguiu escapar da caixa de pandora - mais popularmente conhecido como esperança - crescer dentro de mim, e por alguns segundos me permito pensar que no meio desse mar de gente é meio improvável que não tenha ninguém igual a mim. Improvável que não tenha ninguém que se encaixaria comigo. E não estou falando só no lado romântico da coisa, mas em todos os sentidos. Alguém que me entendesse, falando de maneira bem resumida. Porque uma das únicas coisas sobre a vida que eu realmente sei é que todos nós estamos procurando puramente por alguém que possa dizer "eu te entendo" e que realmente entenda (e você sabe que quando digo "todos nós" quero me referir a mim, não sabe? porque pra ser sincera não posso falar pelos outros e nem quero, pois tudo isso é só sobre mim e sempre vai ser sobre mim). E não vou falar de estatísticas porque nunca aprendi matemática e não faço a mínima ideia de que cálculos ou formulas usar. Mas nem precisa.

De toda maneira, esse é o lado otimista do pensamento. Imaginar que em um mundo tão grande deve existir alguém que seria o que eles chamam de cara metade (e eu tenho vontade de rir toda vez que leio, escuto ou escrevo essa palavra).

O lado não tão otimista assim (e isso é o que chamamos de eufemismo) é que essa tal cara metade provavelmente mora do outro lado do mundo e fala algum idioma que você provavelmente nunca vai aprender e que pode muito bem estar com outra pessoa.

Ou já ter morrido. Quem sabe, né. Vai que a sua cara metade era o Alexandre III. Ou o Shakespeare. Ou o Henrique VIII (e no caso dele, você seria chifruda antes mesmo de nascer, o que deve ser algum tipo de recorde. Não que ele tenha sido o único rei a ter amaentes, mas é um dos mais famosos)

Não que eu acredite realmente que só exista uma pessoa que combine com você no mundo. E não que eu acredite que você só se daria bem com uma pessoa que fosse exatamente igual a você. Ou que pensasse como você. Ou que gostasse da mesma comida que você.

Mas o que define que alguém vai se dar bem com você? Nada. Ou até mesmo que você vai se apaixonar por alguém? Nada. E ainda existem milhões de possibilidades que podem dar errado ou não. E além do mais nunca é certo de que qualquer sentimento que você venha a sentir por alguém vá ser recíproco.

E mesmo se for recíproco, tem bilhões de maneiras de dar errado do mesmo jeito.


O que me leva a minha conclusão: No final nós nunca vamos ter certeza de absolutamente nada (o que é um fato que me incomoda mais que tudo, já que sou do tipo de pessoa que sempre precisa ter certeza, ou ao menos uma ilusão de certeza) sobre sentimentos, a vida, o universo e tudo mais. E que vida nada mais é que um conjunto de ações e reações aleatórias e simples coincidências que às vezes podem parecer algo maior, mas que não são.

Talvez seja exatamente por isso que romances fazem tanto sucesso, porque eles sempre passam aquela idéia de que existe algo maior, como se o mocinho e a mocinha tivessem nascido pra ficar juntos e que amor, apenas amor, é o bastante para ligar duas pessoas e que nenhuma das infinitas possibilidades de dar errado pode vencer isso. Porque talvez, a certeza seja tão necessária nisso tudo que nós simplesmente inventamos teorias pra usar ela como resposta. Pra fazer todo o caos ter sentido.

Sunday, November 6, 2011

You make me wanna die


Aquele momento que você sente inveja de qualquer ser vivo que parece ser mais feliz que você e sente raiva e fica deprimida e deseja a morte do maldito filho da puta e a sua auto-estima vai parar no inferno de tão baixa e você fica sem paciência porque de repente todo mundo parece mais feliz que você e a única coisa que você consegue pensar é no quanto quer dormir por um mês inteiro e já acordar de férias.

Pois é. Essa sou eu hoje.