Wednesday, September 28, 2011

23:38

Eu tenho que dormir, mas estou sinceramente sem sono. E eu nem quero faltar aula amanhã porque tem dois horários de literatura e dois horários de física. Que são as minhas matérias preferidas, só a nível de informação. Além do simulado à tarde (nele eu nem fazia questão de ir, mas tem toda aquela coisa de ser obrigatório e panz).


Sabe o que é estranho? É que eu não vou com a cara de mais de noventa por cento da minha sala e eles me deixam muito puta de várias formas. Mas estou gostando mais dessa escola do que da outra. Claro que posso culpar os professores por isso. Tenho professores super dignos e tudo.

Mas ainda assim é estranho. Até porque a cada dia que passa eu perco mais um pouco da minha habilidade de me socializar com as pessoas e nem sabia que tinha essa habilidade até começar a perder. Mas é que tudo isso me dá uma preguiça tão grande, tão tão tão grande. E isso me leva a conclusão de que eu acabo preferindo observar do participar. O que é meio contraditório (tudo comigo sempre é contraditório mesmo) porque eu vivo reclamando justamente sobre ser a outsider de tudo.

Mas participar dá tanto trabalho. Relacionamentos dão tanto trabalho.
E sinceramente, eu estou aqui. Eu sempre estive aqui. Se alguém realmente quisesse me achar, bastava chegar perto. Mas ninguém nunca chegou.

Eu não sou fechada. De verdade.

Talvez eu só não saiba dar o primeiro passo.
Talvez eu seja uma parente próxima do bicho preguiça ou coisa assim.



Eu sempre vou estar aqui. Mas e eles?

(E percebam que eu começo falando de uma coisa e termino falando de outra que não tem absolutamente nada a ver com a primeira. É, eu tenho que parar de pensar em muitas coisas ao mesmo tempo e tentar passar todas essas coisas pro papel... ou pro word, tanto faz)

But it's grown inside your wounded soul

Sentia como se já o amasse mesmo na primeira vez em que coloquei os olhos nele.

Amava-o pelo brilho que emanava dele, pela sua beleza, sua impetuosidade, coragem, pelos límpidos olhos azuis que sorriam tanto quanto seus lábios. Amava-o por seus sorrisos brancos e pelas gargalhadas divertidas que aqueciam todos ao redor, por sua maneira simples e bela de olhar o mundo. Tão único. Amei por ele ser meu oposto. Aquilo que eu nunca conseguiria ser, mas pelo que ansiava desesperadamente.

E odiava-o. Odiava tanto que chegava a doer. E quando ele olhava para mim, eu sentia vontade de sufocá-lo com meus dedos, de cortar sua garganta e assisti-lo se afogar no próprio sangue, de beijá-lo e de me jogar em seus braços e sentir sua luz trazendo o calor para o meu corpo sempre frio e escuro.

Sim, pois eu era a escuridão, a solidão e o desespero. E tinha plena consciência de que mesmo se me agarrasse à ele e não mais o soltasse, ainda assim, sua luz jamais seria minha. O odiei ainda mais.

Embora nunca parecesse ser o suficiente para matar o amor.

Odiava-o por ser quem era e por ser ele completamente alheio a própria perfeição, pela inveja que me consumia cada vez mais e pelo amor que ele nutria por mim.

Por mim! Aquela coisa pútrida, sombria, infeliz e auto-destrutiva, que precisava tanto de salvação mas não conseguia pegá-la nem quando ela o abraçava e lhe implorava para que a amasse.

E nada do que eu dizia parecia capaz de afastá-lo, mesmo quando eu tolamente achava que poderia destruí-lo. Minhas palavras mais rudes soavam doce em seus ouvidos e todo o meu amor, ódio, necessidade e desespero só pareciam excitá-lo ainda mais.

Então percebi que nunca me livraria dele realmente. Nunca conseguiria apagar a luz em seus olhos, em sua alma.

E eu estava lentamente sendo queimado por ela.

Saturday, September 17, 2011

Day 23 — The last person you kissed

Você me perguntou (mandou me perguntarem, na verdade) se eu queria ficar com você e eu respondi que você devia perguntar de novo depois que a gente já tivesse virado pelo menos metade daquela garrafa de coca-cola misturada com vodca barata.

Pensando melhor agora, foi exatamente por causa disso que eu acabei ficando com você, já que a bebida faz com que o meu excesso de tímidez vá embora. Ou talvez não.

Vai saber. Sempre te achei bonito mesmo.

E você ia se mudar no dia seguinte então eu não teria como me preocupar em como agir depois. E pensando melhor agora, foi realmente uma pena você ter se mudado no final das contas, porque aquele dia foi realmente legal.

Você era legal. E bonito.

É.

Thursday, September 15, 2011

Gaspard Ulliel


ME COME.

Silence

Meio que parte do motivo do meu ultimo post foi porque recebi a noticia de que a Siih vai fechar o Unsaid Things. Isso me fez pensar no tanto de tempo que já passou desde que conheci ela. E todas essas coisas extremamente nostálgicas.

Sete de novembro de dois mil e sete. Eu tinha doze anos. Doze fucking anos, cara. Nem mesmo consigo lembrar de como eu era nessa época. Mas devia ser bem tensa.

E nem era meu primeiro blog. Embora eu realmente não consiga lembrar de quantos anos tinha quando fiz meu primeiro blog, estou chutando uns dez ou menos. E ainda estamos aqui. Com quase dezessete.


Porra.


QUASE dezessete.


Só mais um ano de ensino médio, só mais um ano pro vestibular, só mais um ano até ser obrigada a crescer e pensar no futuro. Quando penso muito nisso entro em um estado de quase pânico (e sempre estou pensando nisso, mesmo tentando não pensar).



Não sei lidar. Definitivamente não sei lidar.

Tuesday, September 13, 2011

Day 15 — The person you miss the most

Pra falar a verdade não sei bem o que falar, só queria falar de você.

Você foi umas das pessoas mais importantes da minha vida, cara. Aguentou todos os meus dramas de pré-adolescente em crise e sempre me deu bons conselhos e... Você é tão legal e meiga e gentil. Minha outra mãe, né? Uma pessoa maravilhosa em todos os sentidos.

Mesmo que você não esteja na minha cabeça o tempo todo (mas ninguém está na minha cabeça o tempo todo, nem mesmo eu), a verdade é que só penso você em momentos específicos, mas toda vez que penso sinto uma falta tão grande! De conversar com você, de saber da sua vida ou só de jogar conversa fora, não importa.

E sei que não foi sua culpa ter sumido assim. Teve a faculdade e o estágio e você acabou ficando sem tempo e etc. Entendo isso, de verdade. Mas morro de medo que a gente acabe perdendo contato de vez, sabe. Você é uma daquelas pessoas que a gente tem vontade de levar junto pelo resto da vida. Porque você é uma linda. Linda mesmo, sabe. E sempre foi tão bom falar com você.

Sei lá, só sinto a sua falta. (Queria ter te conhecido pessoalmente também, pra poder te dar um abraço de urso super apertado e cheio de carinho e até tirar uma foto)

Espero que você esteja bem e feliz. E desejo que tudo dê certo pra você.


Se cuida.


 Com amor, 
Miih.

Friday, September 9, 2011

Definições

Quando você tinha quinze anos se sentia culpado por nunca ter se apaixonado. Nessa idade, parecia que todos eram obrigados a gostar de alguém, a encontrar um objeto de desejo por quem soltariam suspiros apaixonados pelos cantos. Mesmo que eles não durassem por muito tempo.

E quando você dizia que não tinha alguém por quem suspirar eles sempre tentavam te jogar para cima da primeira pessoa que aparecia. Você apenas ria e achava graça. E deixava pra lá.

Tinha certeza de que nunca havia sentido aquilo que seus amigos chamavam de paixão. Você nunca sentiu suas mãos suarem frio, nem borboletas no seu estômago e muito menos suas pernas bambas por estar ao lado de alguém.

Embora às vezes você sentisse algo que não conseguia definir. Vontade de abraçar alguém que passava na rua. Ou sorrir para alguém no metrô. Até de beijar alguém bonito. Mas essas sensações sempre passavam tão rápido quanto vinham. E eram por pessoas aleatórias.

Você sentia seu coração quebrado também. Mas nunca ninguém chegou perto o suficiente para ter a oportunidade de quebrá-lo. Era como se ele sempre tivesse sido assim. Às vezes ele doía. Doía tanto que a única coisa que você podia fazer era abraçar a dor. Segurar até que ela dormisse.

Às vezes você se perguntava se tudo isso era amor. Mas não era possível, não é? Se fosse amor você saberia.



Bem. Talvez fosse.

Talvez fosse amor quando você chorava assistindo Romeu e Julieta ou qualquer outro romance trágico. Talvez fosse amor quando você acabava de ver alguma comédia romântica com um sorriso no rosto. Quando no final de cada filme sentia como se tivesse sido você a passar por tudo aquilo.

Quando se afogava em historias que nunca viveria, em sentimentos que não eram seus - mas que você conseguia sentir tão intensamente - ou se apaixonava por personagens que só viveriam por algumas horas.

Se apaixonava? Sim. Por eles. Pelos sentimentos que eles mostravam. Pelo amor.

Sempre pelo amor.


A verdade era que esse amor sempre estava presente na sua vida. E você se sentia tão cheio dele que na falta de alguém com quem compartilhar ele só conseguia sair através das lágrimas.

Não que você já não tivesse procurado por um lugar onde depositá-lo. Mas é que você sentia como se mesmo que uma fração mínima dele fosse demais para qualquer outro suportar.

E você precisava dele também. Já não conseguia simplesmente ignorar. Procurava por ele em todos os lugares, todos os dias.


Até se sentir transbordar. Até quebrar o seu coração, de novo.

E de novo. E de novo.

Friday, September 2, 2011


Now the pain is my pleasure cause nothing could measure

I don't have to leave anymore
‘Cause what I have is right here


- Está doendo? – O mais alto perguntou de maneira falsamente doce, deslizando a faca pelo tórax desnudo do moreno, fazendo linhas rubras surgirem na pele branca. O garoto em baixo de si estremeceu, mas continuou em silêncio, o olhar fixo no teto. Ele mordia levemente o lábio inferior como se quisesse se impedir de falar algo. O outro continuou maculando seu corpo com cortes, mas dessa vez mais profundos. – Vamos, responda!


Hiroki encontrava-se numa posição desconfortável, todo o peso de Yuuji estava sobre seus quadris e ele já não sentia mais a perna esquerda. Duas de suas costelas estavam quebradas e provavelmente sua perna estava na mesma situação. Marcas roxas estavam espalhadas por todo o seu corpo, o lábio inferior e bochecha direita estavam sangrando e um corte pequeno um pouco abaixo da sobrancelha – que já não sangrava mais – não o permitia ver direito. Pelo menos, isso era tudo que ainda conseguia sentir.


Incrivelmente ele não conseguia ter medo. Mesmo com as condições deploráveis em que seu corpo se encontrava, ele nem ao menos achava a dor ruim. Não completamente. Mordeu o lábio inferior com mais força, para reprimir os gemidos, quando sentiu a pressão da lamina contra sua pele aumentar. “Não...” foi tudo que ele conseguiu murmurar.

A mão de Yuu foi de encontro ao seu rosto. Uma, duas, três... Cinco vezes.


- Mentiroso. – Disse o moreno, abaixando o rosto o suficiente para lamber os cortes que ele mesmo fizera. Os olhos brilhando com algum tipo de prazer sádico. Era sempre assim, quando estava perto de Hiroki sentia-se estranho. O menor fazia seu lado mais sádico e cruel despertar com uma facilidade incrível. Tinha sido assim desde o primeiro momento em que Yuasa Yuuji vira Nakamura Hiroki. Não era algo que ele conseguia controlar. Era culpa de toda a delicadeza e fragilidade que emanava de Hiro, era tudo tão... Irritante. Definitivamente odiava pessoas assim. No final das contas, o menor era como uma linda boneca. Pronta para ser quebrada em vários pedaços.


Sentiu Hiro ofegar quando sua língua tocou a pele exposta e suas bochechas ficaram vermelhas. Então aquele puto estava sentindo prazer? Sorriu malicioso.


- Acho que tenho que me esforçar mais pra te fazer sofrer, tenshi. – Sussurrou, a boca perto do ouvido do moreno, suas mãos apertando o pescoço delicado com mais força do que era aconselhável. Continuou apertando, cada vez mais forte.

Até o mundo de Hiroki escurecer completamente.






(Escrito em 03/09/10)

Day 1 — Your Best Friend

Não sei determinar quando a pessoa merece o título de melhor amiga, nem quando ela passa a deixar de merecer. Acho até que já dei esse título pra muitas pessoas e algumas nem faziam questão dele, dai decidi que era melhor deixar ele de lado porque no fundo ninguém se encaixaria perfeitamente. Mas você foi a primeira pessoa que pensei quando parei pra escrever isso.

Já tinha escrito sobre você, na verdade. E até cheguei a te mostrar o post em questão, mas ele se perdeu pelos blogs antigos. Saiba que tudo o que eu disse lá continua aqui.


Você é a pessoa em que mais posso confiar. E sempre me surpreende com o quanto a gente se dá bem. Não existe nada em você que eu não goste ou que me irrite e isso até me assusta um pouco, sabe. Porque eu costumo procurar defeitos tudo. Não é que você não tenha defeitos, porque todo mundo tem, mas eu simplesmente não consigo ver eles como algo relevante. E nem me importo.

Você é apenas... Especial. Mesmo que a gente não tenha assunto sempre, mesmo que a gente goste de coisas diferentes, mesmo que você não goste de filmes de super-heróis, é pra você que sinto vontade de contar as coisas. É por você que eu colocaria a mão no fogo.

Claro que se você fizesse eu me queimar eu ia te espancar até a morte, mas ok.

E eu me preocupo mesmo com você, o que não acontece com todo mundo já que normalmente me preocupo com as pessoas porque me sinto na obrigação de me preocupar e com você minha preocupação é natural. Quando você tá mal dá vontade de bater na pessoa que fez você se sentir assim até que ela vire patê. Porque você é daqueles tipos de pessoa que merecem o mundo.

Quero dizer, só as coisas boas dele.


Você é uma pessoa maravilhosa, de verdade, e você deveria se lembrar disso com mais frequência. Alguém que só inspira coisas boas. E nem é tão fria quanto diz ser, você é doce e gentil e dá vontade de apertar - mesmo que você fosse me bater se eu te apertasse, afinal a uke sou eu né - e quando a gente te conhece melhor, por trás da fachada, fica impossível não gostar. E você pode até não acreditar ou achar que to exagerando. Mas é tudo verdade.


E eu realmente quero que você continue sendo minha amiga pro resto da vida. E prometo que no depender de mim a gente nunca vai perder contato, tá? Mesmo que a gente mude ou mesmo que, sei lá, meu computador exploda ou que caia um raio na minha casa ou que eu seja abduzida por aliens. E prometo fazer sempre uniformes de Super Poney bonitinhos pra você. E prometo que um dia vou ai te visitar, mesmo que não seja amanhã ou semana que vem, um dia vou. E dai vou te arrastar pro cinema e fazer você assistir filmes de super-hérois comigo, enquanto a gente come pipoca e coca - coca, não pepsi ok - e balas de gelatina.


E eu queria te falar mais um monte de coisas bonitinhas ou engraçadas, mas simplesmente não sei como encaixar tudo aqui sem que pareça sem sentido. Quero dizer que eu acho super legal a relação das nossas bandas preferidas, quero dizer que você é realmente ninja por me aguentar por tanto tempo assim, por aguentar meus surtos e por ser minha amiga. E que eu não sei escrever coisas não bichas e não cheias de açúcar (justo eu que vivo dizendo que não gosto de coisas cheia de açúcar) e que eu sempre me sinto super bicha escrevendo posts assim. (mas sou uma bicha uke mesmo né, não tem pra onde correr) e que você pode me bater depois se quiser.



Com amor,
Miih

Thursday, September 1, 2011

O que acho do amor:

“A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não”