The following is an e-mail from the past, composed on October 17, 2012. It is being delivered from the past through FutureMe.org
Escreva uma carta para o seu "eu" do futuro:
Cara Victoria,
Em uma das respostas pra essa pergunta tem uma bem bonitinha que termina com um "I hope you are still me" e eu até pensei que seria legal falar algo do gênero aqui, mas tanto você quanto eu sabemos que isso não seria completamente verdade, porque se você continua eu, sabemos que você continua completamente fodida e de mal com a vida (e ninguém deveria ficar assim por muito tempo), sabemos que você continua querendo desistir, que você continua sendo vencida pelo cansaço.
Então espero sinceramente que você seja uma pessoa melhor. Não completamente diferente, porque você sabe o tamanho do meu narcisismo, mas que você já não sofra tanto, que esteja mais forte. E que você tenha alguém que te faça se sentir menos solitária e que você tenha aprendido a não ser tão fechada. E se você não tiver superado as minhas expectativas impossíveis, tudo bem, eu não esperava muita coisa mesmo, então acho que o que você conseguiu já é lucro.
Espero que você tenha aprendido a agir e a achar inspiração em si própria. Espero que você esteja escrevendo e se estiver, nunca pare. Se não, acho que é uma boa hora pra voltar a fazê-lo.
Não vou dizer que espero que você esteja feliz, porque tenho uma leve suspeita de que a gente nunca vai aprender a ser feliz, nem ser dessas pessoas que acham graça em tudo. Aposto que você continua tão reclamona quanto eu sou agora, mas tudo bem.
Espero que você tenha aprendido a lidar com o mundo e espero, principalmente, que você não se arrependa de quem eu fui.
Saiba que eu sempre vou amar você.
PS: Assim que você colocar as mãos numa maquina do tempo é sua obrigação vir me visitar, ok. Foda-se leis da física ou paradoxos temporais. E é melhor que você tenha cuidado bem dos meus livros, se não a culpa irá te perseguir até o túmulo